Image Map

domingo, 14 de abril de 2013

Justiça preconceituosa e elitista

A deusa da Justiça é a Themis, e com certeza todo mundo já viu algo relacionado à ela. Em uma das mãos ela segura uma espada, que é a força do julgador, o poder que ele tem para decidir. Na outra, segura uma balança, para que suas decisões sejam harmoniosas, para que não pesem demais, nem de menos. A deusa da Justiça é vendada não por que é cega, mas por que não pode fazer privilegiar ninguém. Deve ser racional e justa. Negros e brancos, ricos e pobres, poderosos e humildes todos devem-lhe submissão.
Mas sabemos que a Justiça no Brasil é lerda, falha, burra e tendenciosa. Sim, porque para que uma decisão seja tomada, depende muito de quem e do que está sendo julgado. Não é a toa que tantos pobres são julgados e condenados numa facilidade imensa, comparado com crimes cometidos por "ricos" e bem relacionados. Um pai rouba um alimento para dar à filha e é condenado a meses de prisão, enquanto crimes cometidos por pessoas de influência sofrem atrasos, tumultuações, embargos, apelações até sair a sentença, que neste caso, geralmente é bem branda.
 
Grandes bandidos sendo soltos, respondendo em liberdade, com penas reduzidas e quando você olha o que há em comum entre eles, você só enxerga semelhança na bandidagem e no fato deles terem dinheiro. Já não basta termos corrupção na administração, agora temos onde julgam os desonestos. Quando a mídia expõe todo o assunto, a Justiça logo se vê pressionada a mostrar serviço, por isso começam a aparecer movimentações absurdas como aquelas "mega-reconstuições" com fechamentos de aeroportos, vias e tal. O mundo está de pernas pro ar mesmo, porque quem julga com responsabilidade, julga de acordo com o correto, acaba sendo sofrendo com represálias. O mesmo está acontecendo na política, na segurança e daqui uns tempos, nesse mundo só vai viver quem não presta. Pena que Themis é só um arquétipo, um ideal. Na vida real, a Justiça no Brasil é capenga, preconceituosa, elitista: serve aos ricos, pune os pobres.