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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Um exemplo a ser seguido


A partir de julho, a prefeitura do Rio de Janeiro vai multar quem jogar lixo na rua. De bituca de cigarro a grandes volumes, tudo será penalizado de acordo com o espaço ocupado. Detritos com o tamanho menor ou igual a lata de refrigerante vai render multa de 157 reais. Até um metro cúbico, o valor sobe para 392 reais. E acima desta medida maior, a punição será de 980 reais. Essa medida tomada pelo governo me chamou a atenção pelo impacto positivo que isso pode e vai gerar na natureza.
Infelizmente,  o ser humano só pensa na natureza quando chega a um ponto crítico,  que talvez seja irreversível. Todos os dias o homem polui o ar, a água, desmata, enfim, lança na meio substâncias que dificilmente poderão se transformar em materiais não prejudiciais a ele mesmo. Descarta milhares de toneladas de lixo, joga esgotos em rios e mares, altera indiretamente o clima, extingues espécies e destrói habitats. Depois de tudo, acontecem enchentes, contaminações, aparecem doenças, mau cheiro e assoreamentos, dentre tantas outras coisas. Nas praias, então, nem se fala.
Os aterros ainda são destino de 41% do lixo no Brasil. Só no carnaval, foram 770 toneladas de lixo. A destruição causada pela enchente em Duque de Caxias , no Rio, aconteceu porque no momento da chuva a cidade tinha 50.000 toneladas de detritos abandonados nas ruas. E a cada geração tudo piora. Precisamos tomar cuidado para que essas últimas gerações não sejam realmente as últimas. A postura do governo do Rio deveria ser adotada por todas as cidades brasileiras, ou melhor, deveria se tornar algo como uma lei nacional. Tantas pessoas a menos deixariam de morrer todos os anos vítima daquele papel de bala que caiu no chão, né? 
A cada passo dado a favor da natureza, são dados vários outros no sentido contrário. Somos os principais responsáveis pelas ações que botam o ecossistema em risco e é triste ver o dinheiro, o lixo e a falta de respeito conquistando o mundo. Muitas coisas poderiam estar ao nosso favor, essa tecnologia toda poderia ajudar em algo mais eficaz, mas não sabemos usá-las. Medidas mais enérgicas deveriam ser tomadas, mas falta interesse. Respeito com o ambiente e com a própria rua, bairro e cidade deveriam ser levados em conta não só pelas autoridades, como tanto reclamamos, mas, sim, como um dever nosso. Tudo bem, as cidades vão engolir a natureza, ninguém liga pra isso, todo mundo quer verde só na própria carteira, pouco importa se pela janela ele olha mato ou asfalto, só que vai ser quando a última árvore for cortada, o último rio for poluído, o último peixe for pescado, é que nós vamos entender que dinheiro não se come.