Nesse final de semana, vamos acompanhar a final do Campeonato Paulista em um jogo entre Corinthians e Santos, com grandes estrelas do futebol como Alexandre Pato (foto), Neymar, Danilo e Guerreiro. Por ser um dos campeonatos mais importantes do Brasil, a atenção voltada para o evento é extremamente grande. Pegando um gancho desse jogo, chamo atenção para a responsabilidade e influência que eventos e jogadores como esses têm sobre nossas crianças torcedoras.
Quando se trata de jogadores de futebol, cria-se polêmica com tudo. Desde as baladas do jogador A, pelo corte de cabelo do jogador B, pela gordura do C ou da idade do jogador D. Em dia de final, ainda mais envolvendo o Corinthians - que possui torcedores bem agressivos -, o risco é muito das torcidas brincarem de UFC do lado de fora do estádio é bem alto. Sim, pois, levando em consideração que outros tumultos foram gerados porque o time foi rebaixado, porque perderam uma partida qualquer ou porque as torcidas, simplesmente não se gostam, brigar porque perderam uma final não parece tão utópico assim. Se eles se matassem e não envolvessem ninguém nessa confusão, estaria tudo bem. No entanto, muito perto a tudo isso estão pessoas que só querem assistir um jogo e ir embora, estão pessoas inocentes, estão crianças.
Como você ensina pra uma criança que fazer esportes além de bom para o corpo, ajuda a ensinar virtudes como respeito e conduta, se ao mesmo tempo eles assistem na televisão e/ou presenciam torcidas se espancando após as partida? Se precisam sair mais cedo do jogo porque os pais preferem evitar estar no meio dos tumultos? É complicado.
Ser um jogador de futebol, hoje em dia, vai além de chutar uma bola. A profissão tem uma conotação social também, eles são exemplos para essa criançada viciada nos jogos, assim como os adultos. Além de diversão, futebol passou a chamar mais atenção pelos salários pagos e escândalos envolvendo quem trabalha com isso, desde jogadores até a dirigência dos clubes. Os jogadores sempre tiveram o poder de ajudar na construção de um país melhor, dando exemplos para todos, sendo espelhos para os mais novos. Espelho de conduta, respeito e valores.
Além de um grande comércio, o futebol só precisa ser enxergado como um meio de grande influência na vida de muitos dos pequenos, que não tem referência nem em casa, nem na igreja, nem na escola e talvez a ajuda vem de seus próprios hobbies. Conheço gente que precisa de um rumo, mas não tem a quem se espelhar e o esporte vem como "solução". Não seria exagero chamar alguns desses jogadores de heróis, pois muitos são referência para esses meninos que não tem espelhos e sem espelhos não tem valores e se nem conduta tem, quem dirá um futuro.
